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  • Foto do escritorTiago Langer Jacobus

As lições profissionais que aprendi velejando


Não é de agora que sabemos que os esportes são fonte de disciplina, inspiração e aprendizado para nossas vidas. Seja qual for a preferência individual para praticar (ou observar), eles sempre trarão algum benefício além da saúde física. Perseverança, resiliência, planejamento, espírito de equipe, relacionamentos interpessoais, entre outras coisas, são competências fundamentais para o sucesso no esporte ao mesmo tempo que são também suas consequências.


No meu caso, é a vela, também chamada de iatismo, que me trouxe algumas das maiores lições de vida pessoal e profissional. E essas lições são indeléveis, principalmente porque aconteceram através da prática.


É importante salientar que eu não sou, nem nunca fui, um profissional da vela. Sou formado em administração de empresas, trabalhei por quase vinte e cinco anos em empresa da família ocupando funções desde operacionais até estratégicas, e sempre fui um observador atento do meu entorno profissional, fosse na empresa onde trabalhava, fosse nas diversas entidades empresariais que frequentei nesses anos todos.


Isso me torna alguém mais parecido com quem lê este artigo, ou seja, não sou um superesportista, milionário, alguém que parece intocável e que recebeu um dom divino. Absolutamente. Sou alguém como a imensa maioria das pessoas: um sujeito que gosta de praticar um esporte que aprendeu ainda criança, que estudou a respeito fazendo cursos e lendo a respeito. Mas, principalmente, levando para a prática aquilo que estudei. E aqui vem a primeira grande lição: teoria é fundamental, mas é a prática que vai nos levar a perceber a importância do que estudamos e dar total sentido a ela. Teoria sem prática nos torna sabedores, mas não conhecedores experimentados.

Teoria sem prática nos torna sabedores, mas não conhecedores experimentados.

Quando aprendi a velejar aos sete anos de idade, ainda na classe Optimist, eu nunca pensei em correr regatas. Honestamente, eu era tímido e tinha até um pouco de medo de estar sozinho num barco no meio de tanta água, apesar de estar sempre assistido de perto por adultos e vestindo colete salva-vidas. Mas eu queria superar aquele medo. Todavia, ele estava sempre lá. E isso é ruim? Depende. É o medo que nos leva a considerar também os devidos cuidados que devemos tomar antes de fazer algo que pretendemos. Aos poucos, ele vai sendo superado e dando lugar à confiança, e cada pessoa tem o seu tempo para isso.


Muitos anos depois, quando comecei a correr regatas em veleiros maiores com mais pessoas a bordo, muita coisa mudou: existe um comandante (não necessariamente eu) e existem os colegas de tripulação, cada um responsável por executar uma tarefa durante a competição. E as regatas acontecem com tempo bom ou tempo ruim, com pouco ou muito vento, com pouca ou muita correnteza, com sol ou chuva, e até com tudo isso no mesmo dia! Assim, vamos para a raia preparados (ou acreditando que estamos) para qualquer coisa. Chegando lá, vemos que nem tudo sai como planejamos: escolha errada de velas, pessoas mal preparadas para a função que executam, comunicação deficiente entre os membros da tripulação. Essas são algumas das coisas que podem ficar francamente expostas durante uma velejada. A consequência não pode ser outra: a derrota (quando não algo mais sério como um acidente a bordo ou com outro veleiro).


Percebi que os barcos vencedores ganham não porque são imunes aos erros, mas porque a tripulação trabalha de forma mais harmônica, sintonizada e sincronizada; porque tem mais informações sobre como está o clima durante a regata e o que muda, configurando o veleiro para isso e o deixando pronto também para mudanças durante a competição; porque conhecem muito bem a região em que navegam e suas correntes, usando-as a favor e evitando aquelas que os prejudicariam; porque sabem “marcar” corretamente o seu adversário, identificando-o e anulando suas manobras de ataque.

Percebi que os barcos vencedores ganham não porque são imunes aos erros, mas porque a tripulação trabalha de forma mais harmônica, sintonizada e sincronizada

O iatismo possui muitas regras e teorias – assim como os negócios. A prática da vela foi me mostrando como os mundos náutico e dos negócios possuem semelhanças, uma vez que eu também sou um praticante da minha vida profissional. Não demorou muito para eu perceber isso e criar analogias entre esses dois mundos.


A união dessas duas experiências práticas (vela e negócios) é que levou a criação da COMPASS. Porque acredito que quando entendemos na prática a importância do nosso papel em um trabalho, em uma equipe, ao mesmo tempo que essa equipe percebe as vantagens de trabalhar de forma totalmente integrada, é que nos focamos nas infinitas possibilidades de realização, tornando-nos mais confiantes e nos aproximando do sucesso.


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